Abrir e manter uma clínica de estética exige muito mais do que atender bem os clientes e oferecer serviços de qualidade. A parte administrativa e financeira é fundamental para a saúde do negócio, e um dos pontos que mais gera dúvidas é a carga tributária: quais impostos pagar, em qual regime se enquadrar e como não perder dinheiro com tributos desnecessários.
A verdade é que muitas clínicas de estética acabam pagando mais imposto do que deveriam simplesmente por falta de planejamento e orientação contábil. Neste artigo, você vai entender quais são os principais tributos que incidem sobre clínicas de estética e como organizar sua contabilidade para reduzir custos de forma legal.

Quais impostos uma clínica de estética precisa pagar?
Assim como outros negócios de saúde e bem-estar, uma clínica de estética pode se enquadrar em diferentes regimes tributários: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. Cada um tem suas regras e impactos na carga tributária.
1. Simples Nacional
É o regime mais comum para clínicas de estética de pequeno e médio porte. Ele unifica oito tributos em uma única guia (DAS), entre eles:
- IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
- CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
- PIS e COFINS – Contribuições para a seguridade social
- ISS – Imposto sobre Serviços (municipal)
- INSS Patronal – Contribuição previdenciária da empresa
- ICMS e IPI – apenas se houver venda de produtos cosméticos ou relacionados
No caso das clínicas de estética, o enquadramento costuma acontecer no Anexo III ou V, com alíquotas que variam de 6% a 15,5% sobre o faturamento.
2. Lucro Presumido
Aqui, o cálculo do imposto é feito com base em uma margem de lucro presumida pela Receita Federal. Para clínicas de estética, os principais tributos são:
- IRPJ (15% + adicional de 10% se ultrapassar R$ 20 mil/mês de lucro presumido)
- CSLL (9%)
- PIS e COFINS (3,65% sobre o faturamento)
- ISS (de 2% a 5%, dependendo da cidade)
Esse regime pode ser mais vantajoso que o Simples em alguns casos, principalmente para clínicas com faturamento maior.
3. Lucro Real
Menos comum nesse setor, já que é obrigatório apenas para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões/ano. O cálculo é feito sobre o lucro líquido efetivo da clínica. Exige controles contábeis muito detalhados e é utilizado apenas em clínicas de grande porte.

Como não pagar mais imposto do que deve?
Agora que você já conhece os tributos, é hora de falar sobre estratégia tributária. Muitas clínicas de estética deixam dinheiro na mesa por não analisarem o regime certo. Veja alguns cuidados essenciais:
✅ Escolha o regime tributário adequado – O Simples não é sempre a opção mais barata. Dependendo do faturamento e da folha, o Lucro Presumido pode ser melhor.
✅ Reveja o enquadramento no Simples Nacional – Estar no Anexo III ou V pode mudar drasticamente a alíquota da clínica.
✅ Controle o faturamento – Ultrapassar faixas de faturamento no Simples aumenta a alíquota e reduz a margem de lucro.
✅ Atenção ao ISS – Esse imposto é municipal e varia de 2% a 5%. Muitas clínicas pagam errado por não acompanharem mudanças na legislação local.
✅ Planejamento tributário anual – Revisar sua estratégia tributária com apoio contábil pode gerar economias significativas.
Perguntas Frequentes sobre impostos em clínicas de estética
1. Qual é o melhor regime tributário para clínicas de estética?
Não existe resposta única. O Simples Nacional é o mais comum, mas dependendo do faturamento e da folha, o Lucro Presumido pode gerar menos impostos.
2. A clínica pode pagar menos ficando no Anexo III do Simples?
Sim. O Anexo III tem alíquotas menores, mas o enquadramento depende da relação folha/faturamento da clínica.
3. Preciso pagar ISS mesmo que atenda em espaço pequeno?
Sim. O ISS é obrigatório para qualquer prestador de serviços, independentemente do tamanho da clínica.
4. Clínica de estética paga ICMS?
Não sobre serviços. Mas, se a clínica também vender cosméticos ou produtos, aí sim incide o ICMS.
5. Como saber se estou pagando imposto a mais?
Se nunca fez planejamento tributário, é provável que sim. Um contador especializado pode comparar cenários e apontar onde é possível economizar.

Conclusão
Manter sua clínica de estética regularizada e pagando apenas o necessário em impostos é totalmente possível. O segredo está em ter uma contabilidade especializada, capaz de analisar o faturamento, enquadrar corretamente no regime tributário e identificar oportunidades de economia.
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